domingo, 22 de junho de 2025

Livro: O REVIRALHO – Revoltas Republicanas contra a Ditadura e o Estado Novo, 1926-1940.

Título: O REVIRALHO – Revoltas Republicanas contra a Ditadura e o Estado Novo, 1926-1940-.

Autor: Luís Farinha.

Editora: Editorial Estampa.

Impressão: Rolo & Filhos II Sa.

Ano: 2010 ( Reimpressão )

Páginas: 327 numeradas


Classificado na temática: 5 de Outubro de 1910, Iª República.


Com pequenos ajustamento, o trabalho apresentado é a dissertação de Mestrado em História Contemporânea, apresentada pelo autor, em provas públicas na F.C.S.H. da Universidade Nova de Lisboa , em Maio de 1997.



Da contracapa do livro:

«Durante longos anos, o Reviralho não mereceu a atenção dos politólogos e dos historiadores. À Ditadura e ao Estado Novo sempre conveio o silêncio e, já nos tempos da liberdade democrática, nem tudo foi ainda feito para, à luz da História, estudar a perseverante luta de numerosos republicanos, democratas e liberais, pela reposição da legalidade constitucional e das liberdades fundamentais, violentamente interrompidas em 28 de Maio de 1926.

Esta é a História desses homens, militares e civis, todos os antigos lideres republicanos que, entre 1926 e 1940, conduziram, em mais de uma dezena de revoltas, a luta contra a Ditadura»

 

Com o fim do Reviralhismo, entrou-se num longo período de acalmia politico-institucional, passando a estratégias de combate ao Estado Novo para combates de outra natureza que não o de atividade militar insurrecional, o que só voltará em 26 de Abril de 1974.


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sábado, 21 de junho de 2025

Livro: CONTRA REVOLUÇÃO - DOCUMENTO PARA A HISTÓRIA DA PRIMEIRA REPÚBLICA PORTUGUESA.

Título: CONTRA REVOLUÇÃO - DOCUMENTO PARA A HISTÓRIA DA PRIMEIRA REPÚBLICA PORTUGUESA.

Autor: Hipólito de La Torre Gomez, A. H. Oliveira Marques.

Editora: p&r perspetivavas & realidades.

Impressão: Editorial Império Lda.

Ano: 1982(?)

Páginas: 490 numeradas


Classificado na temática: 5 de Outubro de 1910, Iª República.



O nascimento da contra-revolução foi quase imediato à proclamação da República. Não há um espírito contra-revolucionário, que não podia deixar de existir, mas sim do propósito consciente de organizar um movimento capaz de deitar abaixo, quanto antes, a situação recém-criada.

O período que compreende pouco menos, do que os seis primeiros meses de vida republicana assinala aproximadamente os primeiros escarcéus para estruturar a contra-revolução e, portanto, a fase preliminar dessa declaração de guerra - nunca mais extinta - entre a República e a Monarquia”.(in contracapa).

O Autor apresenta um estudo documentado e suportado em novas fontes disponíveis que permitem uma visão mais objetiva e rigorosa do período histórico relacionado com a Contra-Revolução ao 5 de Outubro de 1910. O acesso a um significativo acervo de cartas, suficientemente grande e diversificado, correspondência, trocada entre particulares, é uma fonte histórica ímpar, que uma vez analisada e estudada trará à luz do dia melhor o conhecimento histórico dos acontecimentos.

Este conjunto de documentos, arquivo particular de Sá Cardoso (a), é composto por um conjunto de 156 cartas dos anos de 1911-1912, das quais 6 anónimas, quatro entrevistas e três relatórios, são a base do presente trabalho, todos divulgados na presente obra:



(a) – Alfredo Ernesto de Sá Cardoso (1864-1950), político, militar de carreira pertencente arma Artilharia, defendeu o ideário republicano por variadas vezes, mesmo ainda no período monárquico,e após este, nos principais momentos em que os valores da República foram postos em perigo.


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sexta-feira, 20 de junho de 2025

Livro: O CONGRESSO SINDICALISTA DE 1911.

Título: O CONGRESSO SINDICALISTA DE 1911.

Autor: César Oliveira

Editora: Afrontamento.

Impressão: Tipografia Nunes Lda

Ano: 1971

Páginas: 96 numeradas


Classificado na temática: Trabalho.

 



A implantação da república inviabilizou que o congresso se realizasse em 1910, o que só veio a ocorrer em 1911. O Congresso Sindicalista de 1911, realizado no mês de maio, em Lisboa foi um evento importante para o movimento operário português, marcando a criação da União Operária Nacional (UON), a primeira organização sindical de âmbito nacional, nascida em 1914. Contou com a participação de 91 sindicatos. Nas três semanas que durou o congresso, foram discutidas questões como legislação operária, associação de classe, institutos de trabalho e contrato coletivo, dando importante contributo de maturidade e organização do movimento operário.

Na capa:

- António Bernardo de Sá, falecido em 1943 com 72 anos, condutor de obras públicas. Do Sindicalismo escreveu «Tem dois fins o sindicalismo: um é a defesa dos interesses imediatos da classe; o outro é a preparação orgânica sobre novas bases, do consumo e da produção, de forma a garantir a todos os seres humanos a satisfação de todas as suas necessidades, quer físicas, quer morais, quer intelectuais

- João Caldeira, operário pedreiro, falecido em 1948. Dele escreveu Alexandre Vieira «Entre tantos elementos da classe trabalhadora que tenho conhecido era, João Caldeira dos mais populares. Dos mais populares e dos mais inteligentes, pois apesar de analfabeto, visto que mal sabia traçar o nome, quando, nos discursos que pronunciava, e muitos foram encarecia aos seus camaradas a necessidade de se associarem, tinha conceitos não só admiráveis de intuição, mas também de claro raciocino, conceitos que expunha em linguagem pitoresca, mas assaz convincente»

- Emílio Costa, professor e libertário, falecido em 1952. Diz-nos Alexandre Vieira que «Guerra Junqueiro, antes de partir para Berna, como Ministro de Portugal na Suíça pediu a Brito Camacho que lhe indicasse uma pessoa que reunisse as qualidades morais e intelectuais necessárias para preencher o lugar de seu secretário particular. Refletiu o chefe republicano, após o que disse ao poeta: «Conheço um homem que preencheria perfeitamente esse lugar. Somente esse homem é mais que republicano. É anarquista». E indicou o nome de Emílio Costa. Guerra Junqueiro convidou de imediato Emídio Costa para o lugar».

- Adolfo Godfroy de Abreu e Lima, falecido em 1943 com 69 anos, professor, escritor, libertário. Criou e dirigiu a Escola Oficina nº 1 no Bairro da Graça em Lisboa, tendo também estado ligado aos serviços escolares da Sociedade A Voz do Operário.

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quinta-feira, 19 de junho de 2025

Livro: A REVOLUÇÃO NUM REGIMENTO – A Polícia Militar em 1975.

Título: A REVOLUÇÃO NUM REGIMENTO – A Polícia Militar em 1975.

Autor: Helena Domingos, José Serras Gago, Luís Salgado de Matos

Editora: O Armazém das Letras.

Impressão: Tipografia a União Lda

Tiragem: 5000 exemplares 

Ano: 1977

Páginas: 96.


Classificado na temática: Revolução 25 Abril de 1974.

O livro "é produto de um debate entre militares do Regimento da Polícia Militar (RPM) e os autores. O debate teve lugar, em dois momentos, gravados, em 7 e 28 de janeiro de 1977. Os militares em questão são mantidos sob anonimato, propositadamente.

 


O objetivo deste livro é reunir material que permita aprofundar a análise da transformação de uma unidade militar clássica num período de ofensiva popular entre 11 de março e 25 de novembro de 1975. A perspetiva dominante neste debate não é o papel de um regimento na revolução; é, sim, uma ação de revolução sobre um regimento - a superação das regras velhas pela criação de outras novas". In introdução, excertos.

Para o conhecimento da história do Regimento Lanceiros nº 2 visite:https://pt.wikipedia.org/wiki/Regimento_de_Lanceiros_N.%C2%BA_2

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sábado, 14 de junho de 2025

Livro: MEMÓRIAS DE UM ANARCO-SINDICALISTA.

Título: MEMÓRIAS DE UM ANARCO-SINDICALISTA.

Autor: Emídio Santana

Editora: p&r - perspectivas & realidades.

Impressão: na

Páginas: 400.


Classificado na temática: Personalidades.

O livro "Memórias de um Militante Anarco-Sindicalista" é um testemunho pessoal e histórico de um militante, Emídio Santana, engajado nas lutas sociais do século XX sob a perspetiva do anarco-sindicalismo. Trata-se de uma coletânea de recordações, reflexões e análises sobre os acontecimentos de uma época, em Portugal dos anos 20 e 30, marcada por violência, autoritarismo e desafios profundos — mas também por criação, esperança e ação libertária.

Ao relatar suas experiências, Emídio Santana procura partilhar não apenas os fatos, mas também o prazer da militância consciente, da criação coletiva e da resistência às formas opressoras do poder. Ele destaca como, mesmo nos momentos de adversidade e retrocesso, valeu a pena manter viva a chama da luta por uma sociedade mais justa e livre: “Mereceu a pena.”

A obra é um apelo à memória crítica, à imaginação política e à ação transformadora. Recupera o valor das iniciativas libertárias que, apesar de frequentemente obscurecidas ou derrotadas, ainda hoje oferecem alternativas viáveis frente às deceções com modelos autoritários mas não só — inclusive os que se diziam socialistas.

Mais do que uma memória pessoal, o livro é um convite à continuidade da luta, à crença num futuro diferente: onde a sociedade seja construída com base na dignidade humana, no respeito à natureza e na liberdade individual. Mesmo diante das trevas do despotismo, o autor acredita que “há sempre uma nova Aurora” a nascer.

Emídio Santana, importante militante do movimento sindical anarquista português, foi o elemento de charneira entre o anarco-sindicalismo da primeira república e os movimentos libertários que surgiram no pós 25 de abril de 1974, influenciados pelo maio de 68 francês. Natural de Lisboa, onde nasceu a 4 de Julho de 1906, aderiu ainda Jovem às Juventudes Sindicalistas, e foi membro da direção do Sindicato Nacional dos Metalúrgicos, na Confederação Geral do Trabalho (C.G.T.), central sindical, de tendência anarquista.

No dia 4 de Julho de 1937, dia do seu 31º aniversário, esteve envolvido no atentando, à bomba falhado, contra Oliveira Salazar, que saiu ileso, devido a um erro de colocação da bomba subterrânea (carregue e veja em ... https://youtu.be/GgEIuWnCcgY?si=eYmTZgcjnB09_caE ); 

 

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terça-feira, 10 de junho de 2025

Livro: A COMUNA (VOLUME 1 e 2 ).

Título: A COMUNA (VOLUME 1 e 2).

Autor: Louise Michel

Editora: Editorial Presença.

Impressão:1971

Páginas: 215 (vol 1) e 213 (vol 2).


Classificado na temática: Grandes Revoluções.

 


Os dois volumes que compõem esta obra específica constituem um documento histórico sobre a Comuna. Não é um texto erudito, de estudo, mas uma escrita de testemunho, vigorosa, empenhada, cheia de relances sobre a paisagem humana que se agitou desde os incidentes que prepararam a Comuna até ao seu esmagamento final. Louise Michel, a autora, que participou ativamente nos dias da Comuna, revive polemicamente e com paixão esse período histórico, relatando quase momento a momento a agonia do Império, os primeiros incidentes, a implantação da Comuna, o massacre e o êxodo final.


Londres 20 de maio de 1898, 27 anos após os acontecimentos da Comuna de Paris de 1871, diz-nos Louise Michel “A Comuna está hoje pronta para a história”, mas a dor é ainda muito presente e sentida “escrever este livro é reviver os dias terríveis em que a liberdade, ao levantar voo afastando-se do matadouro, nos roçava com sua asa; é reabrir a fossa sangrenta onde, soba cúpula trágica da fogueira, dormitava a Comuna, bela para as suas núpcias com a morte, núpcias rubras do martírio”. Louise Michel conclui o texto do prólogo dizendo-nos “É o amanhecer de tempos heroicos, em que os homens se juntam como as abelhas na Primavera, e os bardos erguem os seus cantos numa velada de armas em que falará o espectro de Maio.”.
 

 

 


Louise Michel (1830–1905) foi educadora, escritora, enfermeira, revolucionária e uma das principais líderes da Comuna de Paris de 1871. Conhecida como a “Virgem Vermelha”, tornou-se um símbolo da luta socialista, feminista e anarquista na França. Nasce numa pequena cidade na França, filha ilegítima de uma criada com o filho do patrão, cresceu com boa educação e tornou-se professora. Durante a Comuna, atuou como enfermeira, combateu na linha da frente, organizou a resistência popular. Após a queda da Comuna, foi presa, julgada e deportada para a Nova Caledónia, onde permaneceu por quase 10 anos. Regressa a França em 1880, continuando ativamente ligada a movimentos anarquistas, feministas e maçónicos, participando em manifestações, escrevendo livros. Presa diversas vezes vem a falecer em 1905 aos 75 anos. É lembrada, pelas suas frases marcantes, a título de exemplo “O direito à revolta é sagrado” e “Eu pertenço inteiramente à revolução social”, pela dedicação a causas de justiça social, inspirou e inspira gerações de militantes libertários e feministas.

 

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domingo, 8 de junho de 2025

Livro: O 18 de Janeiro de 1934 e alguns antecedentes.

 Título: O 18 DE JANEIRO DE 1934 E ALGUNS ANTECEDENTES.

Autor: depoimento colectivo de Acácio Tomaz de Aquino, Américo Martins, Custódio da Costa, José Francisco, Marcelino Mesquita e Emídio Santana, que coligiu.

Editora: Regra do Jogo Edições.

Impressão:1978

Páginas: 133


Classificado na temática: Estado Novo.

  

O dia 18 de janeiro de 1934 ficou marcado em Portugal por uma tentativa de insurreição operária e antifascista contra o regime do Estado Novo, liderado por António de Oliveira Salazar. Este episódio é conhecido como a Greve Geral Revolucionária de 18 de Janeiro de 1934.

 


 Contexto:

  • A greve foi organizada por setores ligados à Confederação Geral do Trabalho (CGT), de inspiração anarco-sindicalista, e também teve apoio de outros opositores do regime. No entanto existiram divergências no pensamento e na ação por parte das várias ideologias presentes. O livro trata precisamente desse aspeto visto através do olhar da corrente anarquista e o seu confronto com a corrente Comunista (PCP), a posição deste no dia 18 de Janeiro, que é complexo e  objeto de debate dentro da historiografia.

  • Foi uma reação à proibição dos sindicatos livres e à imposição das corporações (modelo fascista de organização do trabalho), introduzida com a nova legislação laboral do Estado Novo.

O que aconteceu:

  • A revolta foi planeada para ocorrer em simultâneo em várias zonas do país, como Marinha Grande, Silves, Barreiro, Almada e S. João da Madeira.

  • Na Marinha Grande, os revoltosos chegaram a tomar temporariamente o controlo da vila e da estação dos correios e telégrafos.

  • No entanto, a insurreição fracassou rapidamente, devido à fraca coordenação, vigilância do regime e repressão pelas forças da GNR e PVDE (polícia política da época).

Consequências:

  • Muitos dos participantes foram presos, deportados ou severamente punidos.

  • O movimento operário sofreu um duro golpe e a repressão intensificou-se.

  • Este episódio é lembrado como uma das primeiras tentativas significativas de resistência armada ao Estado Novo.

 

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Livro: O REVIRALHO – Revoltas Republicanas contra a Ditadura e o Estado Novo, 1926-1940.

Título: O REVIRALHO – Revoltas Republicanas contra a Ditadura e o Estado Novo, 1926-1940- . Autor: Luís Farinha. Editora: Editorial Est...