terça-feira, 10 de junho de 2025

Livro: A COMUNA (VOLUME 1 e 2 ).

Título: A COMUNA (VOLUME 1 e 2).

Autor: Louise Michel

Editora: Editorial Presença.

Impressão:1971

Páginas: 215 (vol 1) e 213 (vol 2).


Classificado na temática: Grandes Revoluções.

 


Os dois volumes que compõem esta obra específica constituem um documento histórico sobre a Comuna. Não é um texto erudito, de estudo, mas uma escrita de testemunho, vigorosa, empenhada, cheia de relances sobre a paisagem humana que se agitou desde os incidentes que prepararam a Comuna até ao seu esmagamento final. Louise Michel, a autora, que participou ativamente nos dias da Comuna, revive polemicamente e com paixão esse período histórico, relatando quase momento a momento a agonia do Império, os primeiros incidentes, a implantação da Comuna, o massacre e o êxodo final.


Londres 20 de maio de 1898, 27 anos após os acontecimentos da Comuna de Paris de 1871, diz-nos Louise Michel “A Comuna está hoje pronta para a história”, mas a dor é ainda muito presente e sentida “escrever este livro é reviver os dias terríveis em que a liberdade, ao levantar voo afastando-se do matadouro, nos roçava com sua asa; é reabrir a fossa sangrenta onde, soba cúpula trágica da fogueira, dormitava a Comuna, bela para as suas núpcias com a morte, núpcias rubras do martírio”. Louise Michel conclui o texto do prólogo dizendo-nos “É o amanhecer de tempos heroicos, em que os homens se juntam como as abelhas na Primavera, e os bardos erguem os seus cantos numa velada de armas em que falará o espectro de Maio.”.
 

 

 


Louise Michel (1830–1905) foi educadora, escritora, enfermeira, revolucionária e uma das principais líderes da Comuna de Paris de 1871. Conhecida como a “Virgem Vermelha”, tornou-se um símbolo da luta socialista, feminista e anarquista na França. Nasce numa pequena cidade na França, filha ilegítima de uma criada com o filho do patrão, cresceu com boa educação e tornou-se professora. Durante a Comuna, atuou como enfermeira, combateu na linha da frente, organizou a resistência popular. Após a queda da Comuna, foi presa, julgada e deportada para a Nova Caledónia, onde permaneceu por quase 10 anos. Regressa a França em 1880, continuando ativamente ligada a movimentos anarquistas, feministas e maçónicos, participando em manifestações, escrevendo livros. Presa diversas vezes vem a falecer em 1905 aos 75 anos. É lembrada, pelas suas frases marcantes, a título de exemplo “O direito à revolta é sagrado” e “Eu pertenço inteiramente à revolução social”, pela dedicação a causas de justiça social, inspirou e inspira gerações de militantes libertários e feministas.

 

Visite e siga a ...

B.M.R. - Biblioteca Memória e Revolução.

Blog: lugardolivro2024.blogspot.com

facebook:BMR@bmr.998810

Mail: bibliotecabmr.2024@gmail.com



Sem comentários:

Enviar um comentário

Livro: O REVIRALHO – Revoltas Republicanas contra a Ditadura e o Estado Novo, 1926-1940.

Título: O REVIRALHO – Revoltas Republicanas contra a Ditadura e o Estado Novo, 1926-1940- . Autor: Luís Farinha. Editora: Editorial Est...