Título: O CONGRESSO SINDICALISTA DE 1911.
Autor: César Oliveira
Editora: Afrontamento.
Impressão: Tipografia Nunes Lda
Ano: 1971
Páginas: 96 numeradas
Classificado na temática: Trabalho.
A implantação da república inviabilizou que o congresso se realizasse em 1910, o que só veio a ocorrer em 1911. O Congresso Sindicalista de 1911, realizado no mês de maio, em Lisboa foi um evento importante para o movimento operário português, marcando a criação da União Operária Nacional (UON), a primeira organização sindical de âmbito nacional, nascida em 1914. Contou com a participação de 91 sindicatos. Nas três semanas que durou o congresso, foram discutidas questões como legislação operária, associação de classe, institutos de trabalho e contrato coletivo, dando importante contributo de maturidade e organização do movimento operário.
Na capa:
- António Bernardo de Sá, falecido em 1943 com 72 anos, condutor de obras públicas. Do Sindicalismo escreveu «Tem dois fins o sindicalismo: um é a defesa dos interesses imediatos da classe; o outro é a preparação orgânica sobre novas bases, do consumo e da produção, de forma a garantir a todos os seres humanos a satisfação de todas as suas necessidades, quer físicas, quer morais, quer intelectuais
- João Caldeira, operário pedreiro, falecido em 1948. Dele escreveu Alexandre Vieira «Entre tantos elementos da classe trabalhadora que tenho conhecido era, João Caldeira dos mais populares. Dos mais populares e dos mais inteligentes, pois apesar de analfabeto, visto que mal sabia traçar o nome, quando, nos discursos que pronunciava, e muitos foram encarecia aos seus camaradas a necessidade de se associarem, tinha conceitos não só admiráveis de intuição, mas também de claro raciocino, conceitos que expunha em linguagem pitoresca, mas assaz convincente»
- Emílio Costa, professor e libertário, falecido em 1952. Diz-nos Alexandre Vieira que «Guerra Junqueiro, antes de partir para Berna, como Ministro de Portugal na Suíça pediu a Brito Camacho que lhe indicasse uma pessoa que reunisse as qualidades morais e intelectuais necessárias para preencher o lugar de seu secretário particular. Refletiu o chefe republicano, após o que disse ao poeta: «Conheço um homem que preencheria perfeitamente esse lugar. Somente esse homem é mais que republicano. É anarquista». E indicou o nome de Emílio Costa. Guerra Junqueiro convidou de imediato Emídio Costa para o lugar».
- Adolfo Godfroy de Abreu e Lima, falecido em 1943 com 69 anos, professor, escritor, libertário. Criou e dirigiu a Escola Oficina nº 1 no Bairro da Graça em Lisboa, tendo também estado ligado aos serviços escolares da Sociedade A Voz do Operário.
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