Título: A Moral Anarquista.
Autor: Piotr Alexeevich Kropotkine
Editora: Edições Sílabo. 1ª edição, 4ª Impressão, 2018.
Impressão: Europress Lda
Páginas: 134
Classificado na temática: Anarquismo.
Kropotkine argumenta que a moral não é exclusiva dos humanos nem tem origem sobrenatural. Ele rejeita a visão tradicional que associa a moral a um Deus paternalista, a correntes místicas e critica a moral religiosa estabelecida, opondo-se ainda a uma moral imposta pelo Estado, na medida em que esta normalmente visa a manutenção da ordem e do privilégio. Para o autor, a origem da moral surge naturalmente do instinto de cooperação presente em diversas espécies, incluindo os seres humanos.
Apesar de defender a supressão da autoridade e da religião, Kropotkine não propõe um niilismo radical, ou uma total ausência de valores. Em vez disso, promove uma visão otimista da sociabilidade natural do ser humano, baseada num histórico de solidariedade crescente.
A moral anarquista transcende a simples equidade e igualdade, enfatizando a abnegação e a luta contra injustiças. A verdadeira moral, segundo Kropotkine, deve coincidir com o bem do indivíduo e o bem da espécie. Ele rejeita a moral baseada em sanções e defende uma ética fundada na liberdade total do indivíduo, na experiência e na criatividade. Para o autor, a moral anarquista deve ser entendida como um conselho, nunca como uma imposição de regras.
Como síntese, podemos referir que a moral, na perspetiva de Kropotkine, reside na liberdade do indivíduo, que tem sempre a última palavra sobre as suas próprias ações. Não é um sistema rígido, ou dito de outra forma uma imposição de uma regra de conduta, mas sim uma orientação baseada na cooperação, na solidariedade e na autodeterminação, por oposição à obediência cega a leis e dogmas.
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