Título: Os Camisas Azuis, Ideologia , Elites e Movimentos Fascistas em Portugal – 1914- 1945.
Autor: António Costa Pinto
Editora: Editorial Estampa, 1994.
Impressão: Rolo & Filhos – Artes Gráficas Lda.
Páginas: 342 numeradas.
Classificado na temática: Estado Novo.
O livro é uma versão resumida da Dissertação de Doutoramento, apresentada pelo autor, no I.U.E. - Instituto Universitário Europeu, Florença, em 1992, estruturada em três partes conforme índice abaixo.
O Nacional Sindicalismo em Portugal foi um movimento político de inspiração fascista, que emergiu nos finais dos anos vinte do século passado, início dos anos de 1930, liderado por Francisco Rolão Preto. Herdeiro de uma direita proveniente do Integralismo Lusitano, influenciado pelo fascismo italiano e no falangista Primo de Rivera em Espanha, o Nacional Sindicalismo defendia um Estado corporativo, nacionalista e anti-comunista, com ênfase na união entre patrões e trabalhadores através de sindicatos nacionais, em oposição à luta de classes.
Ideologia e Influências:
Defendia a criação de sindicatos nacionais que representassem tanto empregadores quanto empregados, eliminando conflitos de classe.
Era anti-parlamentar e contra os partidos políticos tradicionais, promovendo um Estado forte e centralizado.
Inspirou-se nos Camisas Negras de Mussolini em Itália, e nos Falangistas de Primo de Rivera em Espanha, adotando o uniforme de camisas azuis.
Ascensão e Repressão:
Ganhou força no início dos anos 1930, atraindo jovens e intelectuais insatisfeitos com a instabilidade política da Primeira República.
Tornou-se uma ameaça política para Salazar, que liderava o Estado Novo e tinha uma diferente visão organizacional para um Estado ditatorial e autoritário, mais conservadora e corporativista, porém menos revolucionária.
Em 1934, Salazar proibiu o movimento e reprimiu os seus líderes. Rolão Preto foi obrigado a exilar-se em Espanha.
Relação com o Estado Novo:
Apesar de algumas semelhanças ideológicas (como o anti-comunismo e o corporativismo), o Nacional Sindicalismo era visto como radical demais para Salazar, que temia a sua influência revolucionária e populista.
A repressão do movimento marcou a consolidação do Estado Novo como um regime ditatorial e autoritário e o fim pelo menos formal do Nacional Sindicalismo no espaço político nacional.
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