sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Livro: O Canto e as Armas. Divulgação de acervo.

 Título: O Canto e as Armas .

Autor: Manuel Alegre

Coleção: Poesia – Nosso Tempo - nº 1

Editora: Centelho

Impressão: Tipografia Águeda, Maio 1974, 3ª Edição.

Páginas: 143 páginas numeradas


Classificado na temática: Personalidades - autores.


Manuel Alegre e O Canto e as Armas.

Manuel Alegre é um escritor e poeta português, conhecido tanto pela sua literatura quanto pelo seu envolvimento político. Nascido em 1936, foi uma figura importante na resistência contra a ditadura do Estado Novo, tendo estado exilado em Argel durante parte desse período. A sua obra é fortemente marcada pelo espírito de luta, liberdade, justiça social e identidade nacional.

 Biografia

Nascimento e Formação

  • Nasceu em Águeda, a 12 de maio de 1936.

  • Estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde teve um papel ativo nos movimentos estudantis de oposição ao regime Salazarista.

  • Durante a sua juventude, envolveu-se na resistência antifascista, o que lhe valeu perseguição política.

Guerra e Exílio

  • Em 1961, foi mobilizado para Angola, onde serviu como oficial miliciano na Guerra Colonial.

  • Durante a sua estada em Angola, entrou em contacto com movimentos independentistas e consolidou a sua oposição ao regime.

  • Em 1962, foi preso pela PIDE (a polícia política do Estado Novo) devido às suas atividades políticas.

  • Depois de libertado, exilou-se em Argel, onde se tornou uma das vozes mais ativas da oposição à ditadura.

Regresso e Vida Política

  • Após a Revolução de 25 de Abril, em 1974, regressou a Portugal e envolveu-se ativamente na política.

  • Foi deputado do Partido Socialista durante várias décadas.

  • Candidatou-se à Presidência da República em 2006 e 2011, ficando em segundo lugar na primeira eleição.

 

O livro O Canto e as Armas, publicado em 1967, é uma das suas obras mais icónicas. Trata-se de um livro de poesia que reflete o contexto político e social da época, abordando temas como a resistência à ditadura, o exílio e a Guerra Colonial. A obra é um testemunho da sua experiência e da sua visão sobre Portugal, combinando um tom épico e lírico. A poesia de Manuel Alegre, especialmente neste livro, foi inspiradora para gerações que ansiavam por liberdade, tornando-se um símbolo da resistência.

O livro pode ser dividido em três grandes eixos temáticos:

  1. A Resistência e a Luta pela Liberdade

    • Alegre usa uma linguagem combativa e evocativa para denunciar a repressão e a falta de liberdade em Portugal.

    • O tom épico em alguns poemas remete a uma visão heroica da luta contra o regime.

  2. O Exílio e a Saudade

    • A condição do exilado aparece com forte carga emocional, expressando a distância e o desejo de regresso.

    • O poeta fala da pátria não apenas como um território, mas como uma memória viva dentro dele.

  3. A Guerra Colonial

    • O autor critica a guerra que Portugal travava nas colónias africanas, expondo o sofrimento e a injustiça do conflito.

    • Os poemas apresentam imagens fortes de soldados enviados para uma guerra sem sentido.

Alguns Poemas.

- A Guerra Colonial:


- A Guerra Colonial:


O Canto e as Armas é uma obra essencial da literatura portuguesa contemporânea. Mais do que um livro de poesia, é um testemunho de uma época e um símbolo de resistência. Os seus versos continuam a ressoar como um apelo à liberdade e à justiça, mantendo-se relevantes mesmo depois do fim da ditadura.

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quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Livro: A Ascensão de Salazar, 1926-1932. Divulgação de acervo.

 Título: A Ascensão de Salazar, 1926-1932.

Autor: Coordenador António Simões do Paço

Coleção: Os anos de Salazar, nº 1

Editora: Centro Editor PDA

Páginas: 207 páginas numeradas


Classificado na temática: Estado Novo.

 

 O Livro aborda a ascensão de António de Oliveira Salazar em Portugal entre 1926 e 1932. Destaca sua posse como Ministro das Finanças em 1928 e seu sucesso em controlar o déficit das contas públicas, o que fortaleceu sua posição política. Em 1932, foi nomeado chefe do governo, consolidando um regime autoritário. O contexto internacional também é abordado, mencionando a proclamação da República em Espanha (1931), a ascensão do nazismo na Alemanha (1932) e a eleição de Franklin D. Roosevelt nos EUA. O texto finaliza com eventos desportivos da época, como a Volta a Portugal em bicicleta e a vitória do FC Porto no campeonato de futebol.

 Índice:


Destacamos 3 dos momentos abordados no livro.

A queda da Iª República

A Primeira República Portuguesa (1910-1926), inaugurada em 1910, não teve vida fácil, mas também não fe muito por isso, caiu devido a uma combinação de fatores políticos, económicos e sociais que levaram à instabilidade do regime. Como razões para a sua queda encontramos:

1. Instabilidade Política

  • Durante os 16 anos da Primeira República, Portugal teve 45 governos diferentes, com mudanças constantes de liderança.

  • Havia uma grande rivalidade entre os partidos republicanos, levando a disputas internas e falta de governabilidade, permanentes cisões no Partido Republicano Português. O Republicanismo era um fenómeno social e político não maioritário, muito suportado por uma pequena burguesia e classes média urbanas.

  • A incapacidade de democratizar o sistema político, com o não reconhecimento do direito de voto às mulheres, um diminuto número de eleitores receio do voto rural e conservador.

  • Ausência de projecto, ideia de estado, suficientemente aglutinador de um bloco político e social estável que viabilizasse o novo poder.

2. Crises Económicas

  • A economia portuguesa enfrentou graves dificuldades, com inflação, aumento da dívida pública e crise agrícola.

  • A participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) agravou a situação, pois o país gastou recursos sem ter retorno económico.

3. Insatisfação Popular e Social

  • O governo republicano não conseguiu melhorar as condições de vida da população.

  • Greves, protestos e conflitos sociais tornaram-se frequentes, com grupos monárquicos e anarquista, a desafiar o regime. O movimento operário foi tratado a lei do cacete e as promessas que se lhe haviam feito foram esquecidas.

4. A Revolta Militar e o Golpe de 1926

  • O descontentamento das forças armadas aumentou devido à instabilidade e falta de liderança firme.

  • Em 28 de maio de 1926, um golpe militar liderado pelo general Gomes da Costa derrubou a Primeira República, dando início à Ditadura Militar, que mais tarde evoluiu para o Estado Novo de Salazar.


O «Reviralho»: A Resistência Republicana

O Reviralho refere-se ao conjunto de conspirações, revoltas e tentativas de golpe promovidas e protagonizadas, principalmente por republicanos, socialistas, comunistas e anarquistas, opositores da Ditadura Militar (1926-1933) e, posteriormente, do Estado Novo. O termo deriva da ideia de "revirar" o regime imposto pelo golpe militar de 28 de maio de 1926.

Principais Revoltas do Reviralho

    1. Revolta de Fevereiro de 1927

    • Foi a primeira grande tentativa de derrubar a Ditadura Militar, liderada por republicanos em várias cidades, especialmente no Porto e em Lisboa.

    • Os revoltosos chegaram a tomar o Porto por alguns dias, mas foram derrotados pelo Exército.

    2. Revolta de Julho de 1928

    • Nova tentativa de golpe republicano, desta vez com menor impacto, desmantelada à nascença

    • A repressão foi violenta, consolidando ainda mais o poder da ditadura.

    3. Revolta da Madeira (1931)

    • Revolta militar na Madeira contra o governo ditatorial, envolvendo militares e civis.

    • Foi rapidamente reprimida, mas mostrou a insatisfação crescente com o regime.

4. Revoltas de 1933 (desmanteladas).

    • Fevereiro. Desmantelada pela nova polícia criada pela Ditadura ( Polícia de Defesa Política e Social ).

    • Novembro. Apreendido Sarmento Beires o «Projecto de Plataforma de Frente Única das Forças Populares Motores da Democracia».

Fim do Reviralho

O Reviralho representou a resistência ativa contra a ditadura, mas foi derrotado. Com o fortalecimento do Estado Novo e a criação da polícia política (PVDE), a repressão tornou quase impossível qualquer tentativa de revolta armada. A oposição passou a atuar na clandestinidade, mas a chamada oposição foi preservada e algumas décadas mais tarde num Abril distante triunfaria.

A Ascensão de Salazar em Portugal

António de Oliveira Salazar chegou ao poder em Portugal num contexto de instabilidade política e financeira, consolidando-se como chefe de governo e instaurando o regime autoritário do Estado Novo (1933-1974).

A Chegada ao Governo

1. Nomeação como Ministro das Finanças (1928)

    • Salazar, professor de Economia na Universidade de Coimbra, foi chamado para assumir o Ministério das Finanças.

    • Inicialmente rejeitou o convite em 1926, mas aceitou em 1928, impondo condições para ter total controlo sobre o orçamento do Estado.

    • Conseguiu equilibrar as contas públicas, ganhando prestígio entre os militares.

      2. Consolidação do Poder (1932-1933)

    • Em 5 de Julho de 1932, Salazar foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros (primeiro-ministro) tornando-se o primeiro civil a chefiar um governo desde o golpe militar de 28 Maio de 1926.

    • Em 1933, instituiu a Constituição do Estado Novo, um regime autoritário inspirado no fascismo europeu, com características nacionalistas, corporativistas e antidemocráticas.

Pilares do Poder de Salazar

  1. Autoritarismo e Repressão

    • O Estado Novo aboliu partidos políticos e instituiu a União Nacional, único partido permitido.

    • Criou a P.V.D.E. (depois PIDE), uma polícia política que perseguia opositores.

    • Censura rigorosa na imprensa e controlo da propaganda.

  2. Corporativismo e Economia

    • Modelo económico baseado no corporativismo, onde o sindicatos eram controlados pelo Estado.

    • Políticas de austeridade e equilíbrio orçamental.

    • Desenvolvimento de grandes obras públicas e infraestruturas.

  3. Neutralidade na Segunda Guerra Mundial

    • Manteve Portugal oficialmente neutro, negociou com os Aliados, ao permitir bases nos Açores, e os Nazis comprando ouro proveniente das vitimas do Holocausto.

    • A sua diplomacia ajudou a manter a estabilidade do regime.

Conclusão

Salazar consolidou-se no poder como uma figura austera e conservadora, dominando Portugal por mais de 35 anos. A sua ascensão foi marcada pela imposição de uma ditadura que só terminaria em 1974, com a Revolução dos Cravos.

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segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto - «Os Girassois», «O Monge e o Venerável». Divulgação de acervo.

 Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

No dia 27 de janeiro, o mundo une-se para lembrar as vítimas do Holocausto, um dos capítulos mais sombrios da história da humanidade. Esta data foi instituída pela ONU para honrar a memória dos milhões de vitimas, judeus, ciganos, pessoas com deficiência, homossexuais, comunistas, anarquistas e tantas outras vítimas do genocídio perpetrado pelo regime nazi durante a Segunda Guerra Mundial. O objetivo é manter viva a lembrança desse passado trágico, reforçando o compromisso com a educação, a verdade histórica e todas as formas de intolerância.

Para que essa memória não se perca e para que nunca nos esqueçamos daqueles que sofreram as atrocidades desse período de desumanização e silêncio, a Biblioteca Memória e Revolução convida a todos para a leitura de duas obras, que abordam o Holocausto sob diferentes perspetivas:

Os Girassóis – Simon Wiesenthal

 

Nesta obra marcante, o autor e sobrevivente do Holocausto Simon Wiesenthal reflete sobre a questão moral do perdão. Em junho de 1942, na cidade de Lemberg, um jovem oficial da SS, agonizante, confessa seus crimes a um prisioneiro judeu e lhe pede perdão. O dilema central da narrativa é profundo e inquietante: teria sido correto conceder o perdão a um criminoso Nazi? Ou o silêncio e a recusa seriam a única resposta possível diante de tamanha barbárie?

A partir desse episódio real, Wiesenthal convida o leitor a refletir sobre os limites da moralidade, da justiça e da compaixão, confrontando-nos com uma questão atemporal: até que ponto é possível perdoar aqueles que participaram de crimes contra a humanidade? Com relatos de personalidades e líderes espirituais de diversas tradições, o livro torna-se uma poderosa meditação sobre a natureza do perdão e suas implicações éticas.

O Monge e o Venerável – Christian Jacq

 

Este romance de Christian Jacq apresenta um drama intenso de sobrevivência e fé no contexto do horror nazis. A história acompanha dois prisioneiros, François Branier, um médico, e Benoît, um monge beneditino, ambos capturados por um serviço secreto nazis encarregado de arrancar confissões e segredos de pessoas com supostos poderes ocultos.

Apesar de suas crenças aparentemente irreconciliáveis, os dois homens são obrigados a confrontar suas diferenças diante da brutalidade dos seus algozes. Enquanto os nazis tentam subjugá-los, a questão central do livro emerge: conseguirão o médico e o monge dialogar e encontrar força para construir uma união entre ambos, mesmo diante da iminência da morte?

A trama combina suspense e reflexão espiritual, explorando temas como fanatismo, intolerância e a possibilidade de entendimento entre diferentes crenças. No entanto, o enredo se intensifica ainda mais quando um oficial da SS, ajudante do comandante da fortaleza prisional, inesperadamente se junta ao médico e ao monge. Diante dessa reviravolta, resta a dúvida: haverá alguma possibilidade de entendimento entre esses três homens?

Estas duas obras, cada uma a seu modo, oferecem reflexões profundas sobre o sofrimento humano, a ética e a resiliência diante da crueldade. Convidamos todos a mergulhar nessas leituras e a participar desse momento de memória e aprendizado, para que as lições do passado não sejam esquecidas e nunca mais se repitam.

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domingo, 26 de janeiro de 2025

Livro: Revolução ou Transição? Divulgação de acervo.

Título: Revolução ou Transição?.

Coordenação: Raquel Varela

Editora: Bertrand Editora.

Impressão: Abril de 2012

Páginas: 293 numeradas.


Classificado na temática: Revolução de 25 Abril de 1974 e a Democracia.

 


O livro “Revolução ou Transição? História e Memória da Revolução dos Cravos” analisa a Revolução Portuguesa de 1974-1976, conhecida como Revolução dos Cravos, com coordenação da Professora e investigadora Raquel Varela, e participação de prestigiados historiadores e investigadores, discute se o acontecimento histórico foi uma verdadeira revolução ou uma transição política acelerada. O texto destaca a surpresa causada pela rápida radicalização e estabilização do processo ( 25 Novembro 1975 ), bem como o impacto geopolítico para Europa Ocidental e Aliança Atlântica. A obra investiga o papel dos militares, o derrube político do Estado Novo, a tentativa de transformação social (com as tentativas de golpe de 28 de Setembro 1974 e 11 Março de 1975), a independência das colónias.

Revolução ou Transição? Diz-nos Raquel Varela que tratou-se de uma Revolução Política, no que respeita ao regime, porém como Revolução Social, falhou.

Textos:

Texto

Autor

História / memória

A Revolução Solitária

Valério Arcary

História

A Guerra Colonial e o 25 de Abril

Dalila Cabrita Mateus

História

25 de Abril: A Guerra para conseguir a Paz

Luís Leiria

História

Refoma Agrária no sul de Portugal ( 1975)

Constantino Piçarra

História

«A banca ao serviço do povo»: Lutas sociais e nacionalizações durante a revolução portuguesa.

Ricardo Noronha

História

Friends in high places. O Partido Socialista e a “Europa connosco”

António Simões do Paço

História

O PCP quis tomar o poder

Raquel Varela

História

A estrema-esquerda na revolução

Jorge Fontes

História

Conflitos ou coesão social? Apontamentos sobre história e memória da Revolução dos Cravos (1974-1975)

Raquel Varela

Memória

Revolução de Abril, na imprensa Brasileira

Carla Luciana Silva

Memória

Visões da Revolução dos Cravos: Combates pela memória através da imprensa (1985-1995)

Luciana Soutelo

Memória

Notas para um debate sobre a revolução e democracia

Fernando Rosas

Memória


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sábado, 25 de janeiro de 2025

Livro: Movimento Operário , a década de 70. Divulgação de acervo.

Título: Movimento Operário, a década de 70.

Coordenação: João Mário Mascarenhas

Editora: Câmara Municipal de Lisboa

Impressão: Grafis Cooperativa de Artes Gráficas, Maio de 1997

Páginas: 119 numeradas.


Classificado na temática: Trabalho e Sindicalismo.



Tendo como suporte os colóquios e a exposição apresentada pelo Museu República e Resistência em 1997, com vista à promoção e trazer conhecimento do cidadão, o texto é “palavra e “voz” do contributo e importância do movimento operário nos anos 70, para a desagregação do regime do "Estado Novo".

Após a Revolução dos Cravos, houve uma onda de reivindicações operárias, mas a crise económica condicionou as respostas do poder político e dos governos da altura. No entanto, ocorreram avanços significativos, como o direito à greve, o salário mínimo e a criação do Serviço Nacional de Saúde, a liberdade sindical.

Os trabalhadores conquistaram direitos e obrigações inerentes ao valor da cidadania, participando na construção de uma sociedade que se desejava mais justa e de maior igualdade.

No novo milénio, o movimento operário continua a enfrentar desafios que então já se perspetivavam e anunciavam, tais desafios como a globalização, a robótica e a exclusão social. Como sabemos a Revolução dos Cravos, e a conquista dos direitos laborais ocorridos nessa altura em Portugal, entravam em contra-ciclo com o cenário com que já se deparava o movimento operário, nas economias europeias mais desenvolvidas. Era, e é, exigido ao movimento operário novas estratégias de atuação. Terão os trabalhadores, através das suas organizações de luta e negociação, sido capazes de o terem conseguido, ou terão saído mais enfraquecidos? 

Temáticas abordadas:


Para memória, alguns dos direitos  e responsabilidades adquiridos, pelo movimento operário, no pós 25 Abril de 1974:

- direito ao trabalho e à greve.

- direito  à "proteção do trabalho das mulheres durante a gravidez e o pós parto

- criação de Comissões de Trabalhadores

- pela primeira vez os pensionistas de invalidez, velhice e sobrevivência têm direito a um subsídio de Natal, 1974.

- Criação do subsídio de desemprego, em  Março de 1975.

- Pluralismo Sindical, em finais de 1976.

- Direito a um salário mínimo nacional (texto do livro):

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sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Livro: Sanderson & e a escola de Oundle. Divulgação de acervo.

Título: Sanderson & a escola de oundle.

Autor: Agostinho da Silva.

Editora: Ulmeiro

Impressão: Maio de 1990.

Páginas: 66 numeradas.


Classificado na temática: Princípios e valores Humanistas.

No dia mundial da Educação, instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 3 de dezembro de 2018, celebrado anualmente no dia 24 de Janeiro, a B.M.R, divulga a obra Sanderson & a escola de Oundle. A edição original da obra foi publicada 1941, não sofrendo esta reedição de 1990 qualquer alteração do texto original.



Pequeno trecho com que Agostinho da Silva conclui o livro:

 

O texto destaca a importância da educação como um meio de formação ética e social, no espírito do dia Mundial da Educação.

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quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Livro : A Academia Militar e a Guerra de África. Divulgação de acervo.

Título: A Academia Militar e a Guerra de África.

Coordenação: Manuel Cardoso Lourenço (Coronel de Infantaria).

Editora: Academia Militar e Prefácio - Edição de Livros e Revistas Lda.

Impressão: Offsetmais Artes Gráficas, SA, em 2010

Páginas: 208 numeradas.


Classificado na temática: Estado Novo.



O texto apresenta a realização do seminário "A Academia Militar e a Guerra de África", ocorrido em 8 de maio de 2009, no Grande Auditório da Academia Militar na Amadora. O evento foi promovido pelo Departamento de Ciências e Tecnologias Militares, com apoio do CINAMIL, e teve como objetivo principal proporcionar aos docentes e discentes uma reflexão sobre o papel da Academia Militar no conflito, além de transmitir testemunhos, experiências e valores militares às futuras gerações de oficiais.

Dada a relevância das comunicações apresentadas, a Academia Militar decidiu publicar em livro as intervenções dos participantes, garantindo a preservação desses relatos históricos.

A Academia Militar tem suas origens no ensino militar iniciado em 1640 e consolidado com a criação da Aula de Artilharia e Esquadria em 1641. Em 1790, no reinado de D. Maria I, foi fundada a Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho, sendo a primeira instituição científica para formação militar em Portugal.

A Escola do Exército, precursora direta da Academia Militar, foi estabelecida em 1837 pelo Marquês de Sá da Bandeira. Ao longo dos anos, passou por diversas designações:

  • Escola de Guerra (1911-1919),

  • Escola Militar (1919-1938),

  • Escola do Exército (1938-1959),

  • Academia Militar (desde 1959).

Atualmente, a Academia Militar tem duas unidades: o quartel-sede em Lisboa (Palácio da Bemposta) e um destacamento na Amadora. É um estabelecimento de ensino superior universitário público, integrado na Fundação das Universidades Portuguesas, e desempenha um papel essencial na formação de oficiais do Exército e da Guarda Nacional Republicana (GNR), além de desenvolver atividades de investigação e apoio à comunidade.

 

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terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Livro: MFA Rosto do Povo. Divulgação de acervo.

Título: MFA Rosto do Povo.

Entrevistado: Vasco Lourenço.

Editora: Portugália Editora

Impressão: Compugráfica Lda, 1975.

Páginas: 61 numeradas.


Classificado na temática: Revolução de 25 Abril de 1974 e a Democracia.

 


MFA Rosto do Povo, da coleção Cadernos Portugália, é uma entrevista realizada, provavelmente entre Março e Junho de 1975, com o então Capitão Vasco Lourenço, uma das figuras centrais do Movimento dos Capitães. O livro aborda temas fundamentais da sociedade portuguesa no período revolucionário de 1974-1975, dando voz a um dos protagonistas da transição para a democracia.

Ao longo da entrevista, Vasco Lourenço reflete sobre sua trajetória militar, a criação do Movimento dos Capitães e o papel que assumiu após a Revolução de 25 de Abril. Além disso, são discutidos temas cruciais como inflação, nacionalização da banca e dos seguros, eleições, partidos políticos, a relação de Portugal com a Europa e o mundo, a organização do exército, do serviço militar obrigatório e até o risco de uma guerra civil, passando ainda pelo 28 de Setembro de 1974 e o 11 de Março de 1975.

 

Este livro é uma leitura essencial para quem deseja compreender, pelas palavras de um dos seus relevantes atores, os desafios e as transformações que marcaram a construção para a democracia em Portugal. Não perca a oportunidade de mergulhar neste testemunho único da história recente do país!

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Livro: O REVIRALHO – Revoltas Republicanas contra a Ditadura e o Estado Novo, 1926-1940.

Título: O REVIRALHO – Revoltas Republicanas contra a Ditadura e o Estado Novo, 1926-1940- . Autor: Luís Farinha. Editora: Editorial Est...